28 novembro 2009

A Hora da Despedida

A hora da despedida
deixa um nó 
na garganta dorida.
É destrutivo ver de partida 
quem se ama
só com o destino de ida.

E por mais que se 
almeje uma volta
não é construtivo 
dar um de egoísta
pois, cada um 
escolhe sua trilha
em função do intento 
a qual se destina.

Sei o quanto é difícil mudar,
muito mais ainda 
é ter que aceitar
um choque de opinião.
E perceber que 
o que pode ser bom pra mim
por outro lado, 
pode nem ser tão bom assim.
Diferenças existirão.

O importante 
é sempre tentar andar
por caminhos firmes 
e sem se afastar
dos limites que há na razão.
Fora deles 
é mais fácil afundar
e ainda se deixar sufocar
nas areias da indecisão.

E quem tão altruísta será 
ao ponto de se desapegar
das coisas que são melhor pra si
e esse desprendimento 
não achar tão ruim?!

Me diz se um altruísta ainda há
ao ponto de se desapegar
das coisas que são melhor pra si
e esse desprendimento 
não achar tão ruim?

15 novembro 2009

Caixinha de Música



Hoje eu quero um dia
de alegria
então, basta dar a corda
e entrar na fantasia.
A engrenagem
começa a dar vida
ao que antes era
uma simples caixinha.

Cor–de–rosa traja a bailarina,
girando entre as notas
da linda melodia.
E eu fecho os olhos
e me sinto envolvida
naquela dança
que harmoniza a vida.

Então, vai viajando
no vento o som.
Vai, vai girando
com o mundo o som.
Vai se espalhando
e mudando o tom.
Transforma os segundos de dor
em algo bom.

E entra como som pelo ouvido
e sai como um suspiro.
Entra como som pelo ouvido
e sai como um riso bom.

E quando o som terminar
basta dar a corda .
Caixinha de música
que ao mundo renova.



07 novembro 2009

Do Contra

Eu gosto do errado, 
aprecio o pecado,
convivo em harmonia 
com o perigo ao lado.

Eu vivo simplesmente minha vida, 
meu presente.
Não me amarro 
a fatos que já são passado.

A luta é resistente 
dos meus sentidos 
já dementes
contra o descaso 
e contra a sombra do fracasso.

Não sou inconsequente, 
mas acredito piamente
em tudo o que digo, vejo e faço.

Enxergo pelas frestas das janelas 
um mundo opaco,
cheio de armadilhas ao menor passo.
Casas gradeadas, prédios, 
portas, todas lacradas
tentando impedir a entrada do mal
com suas garras manchadas.

E se você quiser.
E se você tiver coragem
enfrente de frente o estrago
que vem de todos os lados.