Dia do Juízo

Hoje é o dia do juízo 

e toda farsa, meu bem, 

Será punida, 

será banida do céu, 

da terra e o além. 

Quem se esconde 

sempre atrás 

das ações de alguém 

Esquece que ousadia 

e covardia rimam, 

Semelhanças não tem. 

Eu sei que a hipocrisia 

não perdoa ninguém. 

A mesma estrada leva 

ao inferno e ao céu. 

Da mesma boca 

sai o doce ou fel. 

A justiça só vê 

o que ela considerar lei. 

Mas não esqueça 

que a vida tem 

Um jugo natural 

que um dia vem. 

E vem cobrar de você 

tudo de bom e ruim 

Que você fez.

Seleção Natural

O bicho selvagem de dentro de mim 

Que urra e uiva pedindo 

pra deixa-lo sair daqui, 

Quer marcar o seu espaço pra atacar 

E saciar a sua fome de pessoas más. 

 O faro aguçado já pode sentir 

o cheiro apodrecido 

Das bocas cansadas de mentir 

E que soltam seus venenos pelo ar. 

Essas bocas, minha fera, quer calar. 

 O tempo moderno não me deixa evoluir. 

Sou frio, vazio e o lucro 

é o que importa pra mim. 

Retrocedemos a seleção natural 

E em vez de ser o humano 

Reina o instinto animal. 

 Do jeito que estamos 

será que vou conseguir 

Chegar ao futuro ou minha história 

vai parar aqui? 

O caçador também é caça ao vacilar. 

E dessa guerra a nossa Era 

vai se acabar.

Um Mundo Carmesim

Alguém me tocou profundamente 

e mudou meus pensamentos, 

Meus trejeitos. 

E já não sou simplesmente 

aquele ser no ermo 

Que via o mundo inteiro sem cor. 

Mas você me tingiu de vermelho, 

Com o tom vibrante do amor. 

E transformou 

todas as pedras do meu caminho 

em flor. 

Me confortou 

e todo o peso do peito aliviou. 

Simplificou, tudo o que eu sou 

Se define em uma cor. 

Me despertou 

e o meu mundo Carmesim ficou.