14 julho 2010

Intenções Cruéis

Intenções cruéis,
muito além e fora de papéis.
Eu posso senti-las,
eu posso ouvi-las,
na sua saliva 
eu vejo o veneno que sibila.

E eu sinto um aperto na garganta
de quem acabou de beijar
um doce inimigo 
que não tem como não admirar.
O perigo é o vizinho mais fiel
que a proteção pode nos dar.

E eu deixo o meu rastro pra você seguir
e armo uma armadilha pra você cair.
Aguardo sem o mínimo embaraço
o seu poder de seduzir.

Infiéis, negros olhos tão cruéis.
Eles me vigiam,
eles me aliciam.
Me sinto perdida 
entre as mil intenções
que neles brilham.

E eu sinto um ardor nos olhos
de quem se acabou de chorar
por um doce inimigo que não tem
como não se apaixonar.
A incerteza é a vizinha mais fiel
que o futuro pode nos deixar.

E eu lanço o meu perfume 
para lhe atrair
e eu abro os meus poros 
pra poder sentir
entrando sem o mínimo embaraço
o seu poder de seduzir.

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda Dani...gosto de me delitar com esse tipo mais venenoso de poesia. Pimita-me assim chama-la...saudades e abraços. Clebson (www.relicariopoetico.blogspot.com)

Anônimo disse...

*Deleitar