Gravei tua voz
para nos momentos mais tristes
lembrar de nós.
Fotografei você a sós
para me acompanhar
quando eu também estiver só.
Já não sei o que mais me dói.
Se o meu peito,
que palpita um sentimento atroz
ou se minha garganta,
entalada e presa por vários nós.
Desate as amarras
e liberte minha alma
do cárcere privado
em que ela se desgasta
e se desgarra
afastando-se assim
do plano terrestre
em que me encontro
e aproximando-se do céu
com todo o seu mistério
e encanto.
Ah, como é penoso o meu canto.
E de tão comovente
caio aos prantos no solo frio
do meu esquecido recanto.
Acho que já esperei tanto
que alguns fios dos meus cabelos
ficaram brancos.
E se eu continuar esperando
quem sabe você não volte
e para o meu espanto
fique ao meu lado relembrando
todos os momentos que passamos.
Acho que esperei tanto
que os fios dos meus cabelos
estão todos brancos.
Mas, acima de tudo, eu amei
e ainda amo tanto,
que nem o tempo conseguiu
deixar grisalho o sentimento
que mantenho a sete chaves
no meu coração
incondicionalmente romântico.
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