16 dezembro 2006

Matéria Bruta


Eu sou o irresponsável
responsável pelos meus atos desconjuntados
típicos de seres desatinados,
contudo, não sou falso!

Eu sou eu mesmo
por todos os ângulos e lados
e faço questão
de deixar isso bem claro.

Não preciso usar máscaras,
trajar fantasias e nem tão pouco
sair nas ruas dando espetáculos
como um palhaço de um circo falido
por falta de alegria.

Minha figura em si,
desprovida de quaisquer
apetrechos e regalias,
tem topete e ousadia suficientes
para enfrentar as regras
que aos nossos sentidos
cega, ensurdece e silencia.

Eu, bruta matéria bruta
em toda minha simetria,
tenho esperança e petulância suficientes
para cultivar dentro de mim
sonhos mesclados
com a realidade do dia a dia.

E quem quiser berre ao mundo
que eu sou louco de carteirinha!

Mas desde quando
um cromossomo de loucura
não compõe a genética de uma vida
diagnosticada como sadia?!

2 comentários:

Dani Carmesim disse...

Fiz esse texto num dia daquelas em que a gente entra em crise existencial. Esse fato, ao contrário do que muitos pensam, não ocorre apenas na adolescência ou juventude; ele é atemporal! E geralmente acontece quando estamos cercados pelas muralhas de um problema! O importante é não se deixar abater e dar a volta por cima! Afinal, não há muros que não possam ser escalados ou destruídos!

Luciana Cavalcanti disse...

Olá, Dani. gostei do post. Acredito que o Blog vai ser muito bom, sim. Boa surpresa, texto muito bom... ABRAÇOS!
:D