25 junho 2011

Pela Alforria do Samba


Viro a noite acordada 
atrás de um samba bom
que lave os males da alma 
ao som de um negro tom.
E prezo minha autonomia 
de fazer engrossar
o coro pela alforria 
de poder sambar.

E mesmo na velha senzala 
em meio aos grilhões
não houve como interromper 
as manifestações
que davam vida à resistência 
através dos sons
e amenizavam as dores 
desses corações.

Mas prezo minha autonomia 
de fazer engrossar
o coro pela alforria 
de poder sambar.
E isso dá vida à bravura 
através dos sons
que sempre entoavam 
no samba negros corações.

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