Sentimentos momentâneos
oscilam em meu coração
retardando sem o meu consentimento
o ciclo espontâneo de me interagir
e me unificar com outro coração.
Pensamentos prudentes
chocam-se com ideias inconscientes
que, cientes de sua potencialização,
tornam-se algo tão absoluto
chegando a me distanciar
gradativamente da razão.
Se a razão é o fundamento
ou causa justificativa de uma ação,
acho que sou insano
por seguir e escutar as ideias
e as batidas mais irracionais
do meu coração.
Minha vida segue um pulso
e pulso no embalo das batidas
das batidas impulsivas
do meu pulso coração.
Eu pulso intercadente,
pulso heterócrono,
pulso desse jeito
pelo impulso da paixão.
Eu pulso miúro,
pulso formicante,
pulso desse jeito
quando estou no descompassado
pulsar da solidão.
Eu pulso pela vida
de significativa pulsação.
Pulsação irracional
que é racionalizada pelo coração.
E para quem ama
esse é o impulso mais normal
e mais cabido de razão,
pois não há no mundo
alguém capaz de explicar as atitudes
de quem age seguindo os conselhos
do seu próprio coração.
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