Se a preguiça permitir
e o meu corpo consentir
Talvez eu saia de casa.
Se meus lençóis e cobertores,
Camisola e almofadas me largarem
eu vou à praia.
Mas estou tão confortada,
aquecida e relaxada,
Vou continuar deitada.
Só me deram quinze dias
E nos trezentos e cinquenta
que me restam sou escrava.
E a essa altura da minha vida
descobri que a rotina
É algo fácil de desapegar.
Oportunidade é o que faltava
pra soltar minhas amarras
Da obrigação de ter de trabalhar.
E tudo o que eu queria dia a dia
era viver com a poesia
E dela conseguir me sustentar
Mas as regras e conveniências
me taxam de vagabundo
Se essa chance eu cogitar
e deixar de trabalhar pra cantar,
Se eu deixar de trabalhar pra cantar,
Se eu deixar de trabalhar
o mundo vai me condenar.
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