Gotas de orvalho,
solzinho morno da manhã,
chão frio, pés descalços,
terra molhada aguça o meu olfato bom.
Vento espalhando areia,
me misturando a sal e grãos
e sobre as ondas salto,
mergulho de cabeça, alma e coração.
Entre espumas e sargaços
busco me renovar então.
Todas as feridas saro,
principalmente, aquela do meu coração.
Então, me dê a mão!
Eu vou lhe tirar do chão.
Não deixe que a razão
finque os seus pés na areia,
descruze os braços então.
Me dê a mão!
Vamos mergulhar então.
Sinta o seu coração no ritmo do meu.
Nas ondas lá se vão dois corações.
Entre espumas e sargaços
pelas ondas se vão dois corações.