27 janeiro 2011

Decisão


Há muros sem fim e bloqueios em mim
que estão me estagnando.
Será que devo agir
ou devo consentir?
Perguntas não
estão me ajudando.
Eu tenho sonhos demais,
eu tenho planos demais
e um mundo inteiro me olhando
pra ver se eu vou conseguir
ou se eu vou desistir.
Palmas ou risos, no fim,
é o que eu ganho.

Mas duas escolhas eu tenho enfim,
ficar aqui e lutar até o fim
ou fugir constantemente da sombra
da minha realidade gris.
E confesso atormentado
que é difícil se decidir
e julgar ser correta
a escolha que eu fiz.
E é exatamente nessas horas
que melhor se capta uma falha em si
e que se percebe que além da carne
a essência humana também pode ruir.

Decidir não é só se armar da razão
e sim fazer do senso a arma
para que então o nosso instinto
seja mais que uma resposta,
seja a nossa melhor munição.
Decidir não é só se armar da razão
e sim fazer do senso
a melhor arma então.
Decidir não é só se armar da razão
e sim fazer do senso
a melhor munição.

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