Se você soubesse o quanto
as palavras machucam,
trituram.
Se você sentisse na pele
o que eu sinto
quando ouço suas injúrias
talvez você pensasse duas vezes
antes de cometer essas loucuras,
talvez você pensasse duas vezes
antes de cometer tais loucuras
que desfiguram.
Se eu tivesse coragem de revidar!
Mas não! Não dá!
Da minha boca
nunca sairiam palavras impuras.
No máximo,
eu indagaria orações puras
alertando sobre a dor
da minha penúria.
Mas nunca duras palavras,
palavras duras,
duras palavras que duram,
que perturbam!.
Minhas palavras ecoariam
como uma música bela
porém, pra você não passaria de uma simples canção brega.
E porque não dizer que se por outra,
a minha canção fosse entoada,
soaria como uma melodia adocicada.
Enquanto a mim,
pobre intérprete desprezada,
só restariam as batatas
(de preferência assadas).
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